CONTOS COMPLETOS DE LIMA BARRETO

A importância de Lima Barreto (1881-1922) na literatura brasileira tem sido objeto de sucessivas reavaliações. A oralidade despojada de seus textos e o tom memorialista e de crônica jornalística foram duramente criticados por contemporâneos como José Verissimo e, ao mesmo tempo, serviram de atrativo para as vanguardas modernistas. Embora tenha morrido cedo, aos 41 anos, Lima Barreto deixou uma importante produção de romances, crônicas e contos.

Com organização, introdução e notas de Lilia Moritz Schwarcz, esta edição reúne os 149 contos do autor, resgatados por meio de pesquisas em manuscritos, edições originais, jornais e revistas da época. Tanto os contos menos conhecidos quanto alguns mais famosos, como “A Nova Califórnia” e “O homem que sabia javanês”, ressaltam o aspecto autobiográfico que, segundo a organizadora, perpassa toda a carreira de Lima Barreto.

Testemunha ocular das convulsões políticas e sociais da República Velha, Lima Barreto foi um dos primeiros escritores a assumir sua negritude no Brasil. Ativista simpático ao anarquismo, descendente de escravos e protegido do Visconde de Ouro Preto, inseriu-se no mundo intelectual mas foi considerado um escritor de segunda categoria. Análises posteriores, como a do professor Antonio Candido, diriam que Lima Barreto é um autor “vivo e penetrante”. E sua inclusão tardia no cânone dos grandes ficcionistas da língua portuguesa seria apenas uma das muitas contradições que caracterizaram sua vida e obra.

Ao rever sua produção literária cem anos depois da publicação de Recordações do escrivão Isaías Caminha, seu primeiro romance, o que vemos é o gênio rebelde eternizado pela fúria quixotesca de Policarpo Quaresma e nas manifestações mais livres e reveladoras de seus contos.

CONTOS COMPLETOS DE LIMA BARRETO
Organização: Lilia Moritz Schwarcz
Páginas: 720
R$ 48,00
Companhia das Letras
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12781

África e Brasil em língua, literatura oral e música:da voz às imagens

Curso de Difusão Cultural, gratuito
Responsável: Profa. Dra. Marta Heloisa Leuba Salum
Ministrante: Dr. André Paula Bueno

Local:  Museu de Arqueologia e Etnologia - SP
Período do curso: de 03/11 a 24/11/2010
Às quartas-feiras das 14h00 às 17h00 – Sala de Atividades do MAE
30 vagas (IMPORTANTE: As vagas serão preenchidas por ordem de chegada)

Inscrições na Seção Acadêmica do MAE de 15/10/2010 a 29/10/2010 (Horário: Das 9h às 12h e das 14h às 17h)

Documentos exigidos: cópias frente e verso, legíveis, do RG, CPF (não aceitamos Carteira de Habilitação) e preenchimento da ficha de inscrição.

Serão aceitas inscrições por procuração simples.

MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA - USP
Av. Prof. Almeida Prado, 1466 – Cidade Universitária – São Paulo, CEP.05508-070
Informações: (11) 3091-4906 ou
sacadmae@usp.br 

Brasil lança pitching para 2ª temporada do programa “Nova África”

O objetivo é divulgar a realidade africana, buscando aproximar o Brasil e os brasileiros dos povos africanos

A EBC – Empresa Brasil de Comunicação/TV Brasil lança, hoje (13/10), o seu quinto edital para a seleção de programas através de concursos públicos, os pitchings. Desta vez, para a produção da segunda temporada da revista semanal jornalística sobre o continente africano, intitulada “Nova África”. O objetivo principal do concurso, destinado aos produtores independentes, é divulgar a realidade africana, buscando aproximar o Brasil e os brasileiros dos povos africanos.

A primeira temporada do programa Nova África, composta por 30 episódios, foi produzida pela produtora Baboon, vencedora de uma licitação técnica e preço. Já foi exibida pela TV Brasil e está sendo reprisada. A nova temporada terá 26 episódios de 26 minutos de duração cada um. Para a sua produção, a EBC-TV Brasil dispõe-se a pagar ao vencedor o custo total de R$ 2.392.000,00, correspondendo a um valor de R$92.000,00 por episódio. Os programas deverão ser realizados em, pelo menos, 30 dos 52 países africanos, com preferência para os países que adotam a língua portuguesa.

Pelas regras estabelecidas, o vencedor firmará um contrato de co-produção com a EBC. Não podem participar do concurso as empresas que se encontrem sob falência, concordata, concurso de credores, que tenham sido declaradas inidôneas ou que estiverem respondendo a processo por infração à legislação das licitações públicas.

A série vencedora deve se dirigir ao público em geral, com classificação etária livre, conforme os critérios estabelecidos na Portaria nº 1.220, de 11 de julho de 2007, elaborada e publicada pelo Ministério da Justiça.

A EBC/TV Brasil já realizou outros concursos para a seleção de programas produzidos pelo setor audiovisual do país. O primeiro pitching escolheu o programa “Sustentáculos“, que já está sendo exibido toda segunda-feira na TV Brasil. Outros concursos selecionaram séries que vão abordar os temas “Sábados Azuis: Histórias de um Brasil que dá certo” e “Mulher: Questões de Gênero e Assuntos Contemporâneos”, que estão em fase de produção. Mais informações sobre o pitching da segunda temporada da série Nova África podem ser obtidas em http://www.tvbrasil.org.br ou http://www.ebc.com.br

Edital - http://www.tvbrasil.org.br/novidades/wp-content/uploads/2010/10/3-pitching-nova-africa.pdf

Fonte: http://www.tvbrasil.org.br/novidades/?p=5581

Curso gratuito de Artes Visuais

Por meio  de aulas práticas e teóricas, visitas, exposições, os
alunos terão orientação em pintura, desenho, fotografia, vídeo,
performance. Não há necessidade de conhecimento prévio.

Professora: Talita Caselato
Todas as 5as. feiras, a partir de 14/out até 25 de nov/2010.
Horário das aulas: 15hs às 18hs. Inscrição por telefone (11) 2295 3447, ou pessoalmente na biblioteca.

Gratuito.Somente 20 vagas.
-Acima de 14 anos
-Não há necessidade de conhecimento
-turmas as quintas-feiras 15h ás 18h
-Inicio das aulas 14/10/2010
-Término das aulas 25/11/2010


BIBLIOTECA HANS CHRISTIAN ANDERSEN
AV. Celso Garcia, 4142 Tatuapé
Email: bmhanscandersen@yahoo.com.br
BLOG: http://bibliotecacontosdefadas.wordpress.com/



Arte Africana

Livros

Neste livro, apresentamos a arte africana, termo que os estudiosos ocidentais encontraram para englobar toda a produção artística tradicional das centenas de povos que vivem nas dezenas de países da África Negra. Não teríamos como mostrar a arte de tantos povos, com culturas, línguas, dialetos e religiões diferentes em um só livro. Por isso, selecionamos alguns exemplos de arte que nos pareceram mais interessantes, mais bonitos, mais significativos em materiais tão diversos como argila, metal e madeira.


Tìtulo: Arte Africana
Autor: Hildegard Feist
Editora: Moderna
32 páginas
20,50 X 20,50 cm
ISBN: 9788516066925

“Entre a diversidade e a identidade: Encontros com a Literatura Brasileira Contemporânea” – Literatura e Crítica – 3ª Etapa

CCBB/RJ e BibliASPA promovem a exposição “Islã” que abrange um período de 1500 anos, uma viagem que vai do séc. VII ao XXI.

É a primeira vez que uma exposição desse porte, com mais de 300 peças, acontece na América Latina. Oportunidade ímpar para conhecer uma cultura que tem relações históricas com o Brasil. Evento acontece de 12 ao dia 31 de outubro no RJ


Há quatro anos a Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes – BibliASPA - vinha negociando uma exposição com Damasco, visando uma proposta de cooperação arqueológica que inclui missões arqueológicas brasileiras na Síria, publicação de artigos científicos e cursos de arqueologia a realizar-se na sede da instituição, em SP . Com o intuito de refletir a diversidade cultural islâmica, também estarão expostas obras do Irã, Arábia Saudita, Marrocos, Mali, Mauritânia, Líbia, Líbano, Burkina Faso, Níger, Nigéria e Brasil.

Os muçulmanos interagiram com muitas culturas e populações de religiões distintas. Assim, as identidades islâmicas são múltiplas, pois foram incorporadas e reelaboradas tradições de regiões fundamentais como a África, os países árabes (tanto africanos quanto asiáticos) e a Ásia em geral. Do Atlântico ao Índico, a presença muçulmana envolve reflexões e percepções variadas que refletem essa diversidade cultural.

Mas o conceito de arte islâmica nesta exposição não se refere a uma arte necessariamente vinculada a questões religiosas. Ao contrário do que se imagina quando se pensa em arte “cristã” ou “budista”, a intenção não é mostrar apenas objetos ligados ao espaço do sagrado.


Justamente por isso, quer-se observar como utensílios do cotidiano, obras em cerâmica, madeira, metal ou vidro, entre outros materiais, aliam a praticidade ao requinte formal. Mesmo em objetos do cotidiano, pode haver referências religiosas marcadas, como inscrições religiosas, alusões a ditos e ensinamentos islâmicos, entre outros, mas esse não foi um critério de seleção excludente.

“Há um dito muçulmano que anuncia: “Deus é belo e aprecia a beleza”. Isso demonstra que, sob o prisma islâmico, o belo deve ser admirado e almejado em diferentes contextos, não apenas quando retrata aspectos religiosos. No Islã, Deus é único, mas sua criação é múltipla. Tal multiplicidade, ordenada conforme leis que desvendam o Criador, reflete-se nos arabescos, nas composições geométricas e em sua miríade de formas. Trata-se da multiplicidade com base na unidade”, explica o Prof. Paulo Daniel Farah.

Os padrões geométricos ou com motivos florais expressam uma percepção que mescla a idéia da unidade de Deus e da inexistência de intermediários na relação com o divino.

Com a curadoria do Prof. Paulo Daniel Farah e Rodolfo Athayde, a exposição “Islã” reúne mais de 300 obras trazidas de diversos acervos provenientes dos mais importantes museus da Síria e do Irã: Museu Nacional de Damasco, do Palácio Azem (Museu das Tradições Populares) e Museu da Cidade de Aleppo, na Síria; e Museu Nacional do Irã, Museu Reza Abassi e Museu dos Tapetes, em Teerã. Virão ainda peças que provém, sobretudo, da África pertencentes aos acervos da BibliASPA - - Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes – reunidas no Marrocos, Mauritânia, Líbia, Líbano, Burkina Faso, Arábia Saudita e Brasil e do Acervo Casa das Áfricas, trazidas do Mali, Níger, Nigéria. Duzentas destas peças, cedidas pela Síria, estão saindo do país pela primeira vez.

Desse contexto, muitos desconhecem a presença de africanos mulçumanos na cultura anti-escravidão no Brasil. É fundamental recordar que muçulmanos organizaram o principal levante urbano contra a escravidão na América: a Revolta dos Malês, em 1835, em Salvador. Desde cedo, desenvolveram a noção de pertença à umma, a comunidade islâmica, como se verifica na narrativa de Abdurrahman Al-Baghdádi, o primeiro relato de um erudito muçulmano acerca do Brasil, analisado em Deleite do estrangeiro em tudo o que é espantoso e maravilhoso: estudo de um relato de viagem bagdali.

O visitante da exposição “Islã” poderá encontrar:

“Islã” terá peças de ourivesaria, mobiliário, tapeçaria, vestuário, armas, armaduras, utensílios, mosaicos, cerâmicas, objetos de vidro, iluminuras, pinturas, caligrafia e instrumentos científicos e musicais. A exposição é comemorativa dos 21 anos de aniversário do CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil -, e ocupará todo o espaço expositivo do primeiro andar, além da rotunda e dos foyers, no térreo.

Em destaque, entre outras, uma pedra de basalto na qual se entalhou um texto, no século VIII, em um dos principais vestígios da escrita árabe

Uma parte da exposição é dedicada ao palácio do deserto Al Hayr Al Gharbi, (séc. VIII), do qual se expõem esculturas, estuques ornamentados, barreiras, adornos e outros objetos que permitem observar influências locais na arte islâmica e a percepção que mescla a crença na unidade de Deus e na inexistência de intermediários na relação com o divino.

As obras da sala dedicada à caligrafia, uma arte islâmica refinada, merecem observação cuidadosa. Em pedra, madeira, tecido, metal, papiro, pele de gazela, cerâmica e outros suportes, as obras caligráficas revelam uma diversidade notável de estilos. A adoção da caligrafia árabe em boa parte dos territórios entre o Atlântico e o Índico, suporte gráfico que também serviu como ornamento na arte, exerceu um fator de unificação no Dár al-Islám, as terras de presença islâmica.

A exposição também apresenta instrumentos associados ao desenvolvimento científico, como astrolábios e quadrantes, que serviram, no contexto da astronomia islâmica, para corrigir tabelas astronômicas e de coordenadas geográficas e para calcular a obliquidade da eclíptica com uma precisão muito maior do que jamais se alcançara antes.


Serviço:

O que: Exposição Islã
Quando: 12 de outubr o a 26 de dezembro de 2010.
Onde: CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro
Tel.: (021) 3808.2020
De terça a domingo das 9h às 21h
Do dia 12 ao dia 31 de outubro, em função do período comemorativo de aniversário, o CCBB estará aberto, excepcionalmente, das 9h às 22h
Entrada franca

Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Co-realização e Coordenação: Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes (BibliASPA)
Curadoria: Prof. Dr. Paulo Daniel Farah e Rodolfo Athayde
Apoio: Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Cultura
Observação importante: Depois do Rio, a mostra seguirá para os Centros Culturais Banco do Brasil de São Paulo e Brasília

CCBB-RJ-http://www.bb.com.br/portalbb/page511,128,10156,1,0,1,1.bb?codigoEvento=3667
BibliASPA - Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes http://www.bibliaspa.com.br/


Formas de Comer no Brasil de Antigamente

A antropóloga da alimentação brasileira Paula Pinto e Silva apresenta as principais características da culinária brasileira, como aspectos gerais da cozinha colonial e imperial. Paula Pinto e Silva é mestre e doutora em Antropologia Social pela USP e professora de Antropologia na ESPM-SP, nos cursos de Pós - Graduação em Ciências do Consumo e Gestão da Inovação. Duração: 1h30. Comedoria - Fogão Cultural. 50 vagas. Ingressos à venda pelo sistema INGRESSOSESC, a partir de 01/10. Livre.

Onde: SESC Pinheiros / São Paulo
Quando: Dia(s) 16/10 - Sábado, às 18h.
Investimento:

R$ 10,00 [inteira]
R$ 5,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]
R$ 2,50 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]

Literatura Indígena. Com Daniel Munduruku.

Neste encontro, Daniel Munduruku aborda questões ligadas à literatura indígena, que estabelece o diálogo entre o saber e a cultura oral de diversos povos com a escrita, expressão mais corrente nas sociedades ocidentais capitalistas. Indígena da nação Munduruku, Daniel é formado em Filosofia, mestrando em Antropologia Social na Universidade de São Paulo, educador e autor de Meu avô Apolinário, Coisas de Índio, Histórias de Índio e O Banquete dos Deuses, entre outros (Editora Fundação Peirópolis). Sala de Múltiplo Uso.

Onde: SESC Campinas - SP
Quando:Dia(s) 20/10
Quarta, das 19h30 às 21h30.
Gratuito

Leitura complementar: http://www.istoe.com.br/reportagens/18757_HISTORIAS+DO+MESTRE+MUNDURUKU

Buala.org reúne artigos sobre literatura, música e artes visuais

O http://www.buala.org/, blog sobre cultura contemporânea africana será lançado hoje na Bienal-SP.

Batizado de Buala, termo no dialeto quimbundo que significa casa ou aldeia, o novo portal deve cobrir todos os tipos de manifestação cultural na África, de literatura e música às artes, com foco em países de língua portuguesa.


Vale conferir !

VI Festival "A arte de contar histórias"

Iniciado em 2005 o Festival "A Arte de Contar Histórias" ocorre anualmente em outubro, em função do mês da criança. Consolidado no calendário de eventos da Coordenadoria de Bibliotecas, tornou-se um ponto de encontro e de trocas que movimenta interessados em toda a cidade, pois ocorre nas Bibliotecas da rede municipal de várias regiões com uma programação especial que se estende aos Bosques de Leitura nos Parques da Anhanguera, Carmo, Cidade de Toronto, Ibirapuera, Luz e Santo Dias e em alguns Pontos de Leitura. Oferece gratuitamente às pessoas de todas as faixas etárias um repertório de histórias diversificado e de qualidade e também uma programação de formação para contadores de histórias, pesquisadores e interessados em geral nos formatos de oficinas, palestras, debates e atividades de troca de experiência entre os profissionais.

Programação:16/outubro


10h00 - Abertura com roda de histórias
- Cortejo na praça, com paradas para quadrinhas, histórias, brincadeiras.

20/outubro
Mini curso com Simone Grande
Eu conto, tu contas, ele conta, para Contadores de Histórias e Interessados.
Das 10hs às 12h30 e das 13h30 às 16hs.

23/outubro
10h00 - Tapetes Contadores
15h30 - Mesa - Lançamento do livro "Histórias de quem conta histórias", com Lenice Gomes, Fabiano Moraes e Giba Pedroza na mediação.
17h30 - Roda de História com Lenice Gomes, Fabiano Moraes, Giba Pedrosa, Rosana Mont'Alverne e Alice Bandini.
18h30 - Cocktail de encerramento.

BIBLIOTECA HANS CHRISTIAN ANDERSEN
Temática em Contos de Fadas
Av. Celso Garcia, 4142 Tatuapé SP
Telefone: 2295-3447